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Graduados ganham até 148% a mais do que aqueles que têm somente o ensino médio

Dados do relatório Education at a Glance, da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), revelam o impacto da educação superior no mercado de trabalho brasileiro. De acordo com o estudo, quem conclui uma graduação no país recebe, em média, 148% a mais do que aqueles que têm apenas o ensino médio. A diferença também se reflete nos índices de empregabilidade: a taxa de desemprego entre brasileiros com diploma superior é de 5%, contra 8% entre os que concluíram apenas o ensino médio. 

Para Wagner Sanchez, pró-reitor do Centro Universitário FIAP, os dados reforçam a necessidade de encarar a educação como um investimento contínuo. Ele destaca que o diferencial de um profissional hoje não está apenas no diploma, mas na capacidade de desenvolver competências alinhadas às demandas atuais. Entre elas, aponta como essenciais a criatividade e inovação, a resolução de problemas complexos e a gestão de pessoas. “O profissional de agora e do futuro precisa ser o grande condutor dentro das organizações na solução de problemas complexos e importantes, além de pensar logicamente para enfrentar os desafios provenientes das transformações digitais”, afirma. 

Segundo o professor, a escolha do caminho acadêmico precisa ser estratégica. Ele explica que bacharelados, como os de Sistemas de Informação e Engenharia de Computação, oferecem uma formação ampla e sólida, enquanto os cursos tecnólogos têm ganhado espaço pela proposta prática e direcionada, com duração de dois a três anos. Ainda de acordo com Sanchez, esta modalidade responde a demandas imediatas do mercado e prepara profissionais para atuar em áreas de alta empregabilidade, como Defesa Cibernética, Inteligência Artificial e Gestão de TI.

O cenário descrito pelo relatório evidencia que a valorização da educação não se restringe à conquista de um diploma, mas ao preparo contínuo diante das mudanças tecnológicas e sociais. “Tudo muda muito rápido. Um bom cientista de dados hoje, por exemplo, pode não funcionar tão bem daqui uns anos, já que as ferramentas, os processos e até a lógica de desenvolvimento têm prazo de validade curto. Por isso, atualmente, a aprendizagem precisa ser um hábito”, conclui o pró-reitor.